Música ao vivo, cada etapa de uma turnê musical é diferente graças à inteligência artificial

O show de Jovanotti em 25 de abril em Roma foi um exemplo claro de como a inteligência artificial pode transformar o mundo da música ao vivo. Durante a apresentação no Palazzetto dello Sport, Jovanotti usou tecnologia de IA para criar uma experiência visual única, que se adaptou em tempo real à música e ao público. Cada música do concerto teve seu próprio “efeito especial”, com a aparência da banda mudando dependendo da música: de dançarinos indianos a músicos mexicanos durante “L’umbellico del mondo”, ou Jovanotti assumindo a aparência de Elvis e David Bowie durante “I Love You Baby”.

Mas não é só uma questão de efeitos visuais: a verdadeira inovação está no uso da inteligência artificial para criar uma experiência ao vivo totalmente dinâmica. Jovanotti usou IA na maioria das músicas, tornando cada performance única. Durante o show, ele também revelou que utilizou o ChatGPT, perguntando quais eram as 5 palavras mais usadas em suas músicas, resultando em uma parte do show onde a IA interagiu com o público de forma surpreendente.

O uso da inteligência artificial, capaz de se adaptar à música e ao ambiente em tempo real, marca um passo importante no futuro da música ao vivo. Não só os visuais se tornam mais envolventes, mas a experiência do público é enriquecida, criando shows que nunca são iguais.

Desde a década de 1990, o uso de telas de LED transformou as apresentações ao vivo, tornando a parte visual um elemento essencial. A turnê ZooTV do U2 inaugurou o uso generalizado de megatelas, uma tendência que está mais forte do que nunca hoje, com eventos como o Festival de Sanremo e o Eurovision dando ênfase cada vez maior à cenografia. Um exemplo disso é o Sphere em Las Vegas, que oferece uma experiência visual imersiva sem precedentes.

No entanto, sincronizar música e recursos visuais é um desafio. Cada concerto apresenta o mesmo repertório, mas cada apresentação é diferente. A direção deve se adaptar em tempo real às nuances da performance, obrigando os artistas a executarem as mesmas versões das músicas para garantir a sincronização perfeita com os vídeos. Isso pode limitar a improvisação e tornar a experiência do público repetitiva.