O Judiciário da Cidade do México esconde o número de juízes que rejeitaram indicações.

CIDADE DO MÉXICO ( Processo ) – O Poder Judiciário da Cidade do México (PJCDMX) decidiu que o número de juízes ativos que recusaram suas candidaturas para o processo eleitoral deste domingo não é informação pública.
A instituição liderada por Rafael Guerra Álvarez se recusou a revelar quantos juízes simplesmente decidiram se aposentar mais cedo, em vez de declinar de sua candidatura, para evitar receber a indenização mínima estabelecida na reforma judicial da capital de três meses de salário e 20 dias de salário para cada ano trabalhado, devido ao fato de haver juízes ou magistrados locais com mais de 40 anos de serviço.
"Após uma busca exaustiva na regulamentação aplicável a esta Diretoria Executiva, não foi encontrada nenhuma referência à 'aposentadoria antecipada'", respondeu a Diretoria Executiva de Recursos Humanos.
Em uma resposta de transparência, a PJCDMX respondeu que divulgar o número de juízes que se recusaram a participar da eleição de 1º de junho, por não ser informação pública, é "emitir um julgamento de valor".
Isso apesar de terem sido solicitados apenas dados estatísticos, sem exigir detalhes sobre nomes, cargos, gênero ou motivos dos juízes.
NepotistasEste trecho de sua solicitação em particular -respondeu-, não se enquadra em nenhuma das hipóteses invocadas na Constituição Política e na Lei citada, pois não busca obter informação pública, mas sim um pronunciamento emitido por esta autoridade, e que implica adotar ou expressar por sua vez, uma apreciação subjetiva, uma posição, opinião ou juízo de valor ou pressupostos de determinadas apreciações ou de determinado interesse particular, consequentemente, dito trecho não é factível de ser abordado.
De acordo com a reforma judicial, o Conselho Judicial local foi obrigado a submeter ao Congresso de Buenos Aires uma lista do número de vagas que serão submetidas à eleição de 2025, quais cargos correspondem a elas e quantos e quais juízes se recusaram a participar da eleição — ou seja, aqueles que não seriam automaticamente incluídos no registro eleitoral.
Assim, em sua convocação de eleições, o Congresso da Cidade do México foi obrigado a estabelecer o número de candidatos por cargo que cada Comissão de Avaliação (Judiciária, Executiva e Legislativa) poderia indicar.
A convocação para as eleições de 2025, publicada pelo Congresso da Cidade do México no Diário do Parlamento em 30 de dezembro de 2012, contém o valor que o Tribunal Superior de Justiça considera "um juízo de valor".
Assim, a PJCDMX indicou que para a eleição deste domingo serão eleitos 95 juízes locais em matéria cível, proteção mista civil/direitos humanos; proteção mista de direitos criminais/humanos; criminal, execução de sanções penais, direito de família com especialização em adoção nacional e internacional, direito de família, direito trabalhista, justiça para adolescentes e direito civil com especialização em extinção de bens.
Além de 33 magistrados em questões cíveis, criminais, de execução de sanções penais, de família e de justiça juvenil, e os cinco magistrados que compõem o Tribunal Disciplinar Judicial (TDJ).

Dos 95 juízes da Cidade do México cujos cargos foram incluídos nesta eleição, apenas 53 decidiram participar e usar sua inscrição automática no registro eleitoral, restando 42 que rejeitaram suas candidaturas. Dos 33 juízes deste mesmo caso, apenas 10 se recusaram a participar.
Esse é o caso da juíza de direito de família Gloria Rosa Santos Mendoza, que busca manter seu cargo. Seu filho, Joaquín Campos Santos, diretor da Unidade de Gestão Administrativa de Processos Orais em Direito de Família, é candidato a juiz nesta mesma área.
Vicente del Valle Noriega, marido de Saraí Campos Santos, filha do juiz e secretária de acordos do Tribunal, também é candidato a juiz de Família.
Há também o caso de María del Socorro Cecilia Jiménez Vega, atualmente juíza do Tribunal de Família, que recusou sua candidatura automática para concorrer ao cargo de juíza do Tribunal de Família. Seu marido, Omar Arturo Pérez Ricalde, atualmente Secretário de Acordos e Chefe da Unidade de Gestão Judicial Tipo 2, é candidato a Juiz do Tribunal de Família.
Enquanto isso, Rebeca Yazmín Rodríguez Pujol, juíza interina do tribunal de família, é candidata a juíza do tribunal de família. Sua mãe, Rebeca Florentina Pujol Rosas, é atualmente juíza do PJCDMX (Distrito Judicial da Cidade do México) e, em vez de receber apenas a indenização prevista na reforma judicial, optou por se aposentar com a chegada dos novos juízes.
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