Aleitamento materno e bancos de leite humano na mira do Ministério da Saúde e da UE
A próxima temporada de infecção por VSR e o desenvolvimento de apoio à lactação foram os temas de uma reunião da Comissão Parlamentar de Saúde Materno-Infantil, presidida pela deputada Aleksandra Leo. Especialistas e médicos pedem uma decisão rápida sobre a introdução da imunização gratuita para todos os bebês. A regulamentação dos bancos de leite humano e a necessidade de apoio sistêmico às lactantes também foram discutidas.
Na última temporada, cerca de 30.000 crianças foram hospitalizadas devido a infecções graves por VSR. A maioria eram bebês nascidos a termo, previamente saudáveis e sem fatores de risco.
– 95% das crianças hospitalizadas por VSR são recém-nascidos que não tinham problemas de saúde prévios – enfatizaram os participantes da reunião do Grupo Parlamentar de Saúde Materno-Infantil.
Crianças cobertas pelo programa de medicamentos B.40 — bebês prematuros, bebês com defeitos cardíacos, AME ou displasia broncopulmonar — estão praticamente isentas de unidades de terapia intensiva graças a medidas preventivas. Médicos e organizações de pacientes pedem que essa proteção seja estendida a todos os bebês.
A Profa. Ewa Helwich, consultora nacional na área de neonatologia, anunciou que o procedimento para autorização de um anticorpo monoclonal de dose única contra o VSR já foi submetido à Agência de Avaliação de Tecnologia em Saúde e Sistema Tarifário (AOTMiT).
"Isso é uma grande vantagem e acelera o trabalho. Estamos com pouco tempo porque deveríamos começar a administrar essa imunização em outubro", disse ela.
A nova preparação protege o bebê por 5 meses e não exige visitas mensais à clínica – o que é especialmente importante no caso de bebês prematuros.
A partir de 1º de abril, gestantes podem receber gratuitamente a vacina contra o VSR, que transmite anticorpos protetores ao bebê através da placenta. No entanto, a professora Teresa Jackowska, presidente da Sociedade Polonesa de Pediatria, observou que a eficácia desse método depende do momento da vacinação.
"Se uma mulher foi vacinada em maio, os anticorpos que ela transmitiu ao filho após a vacinação o protegerão até novembro. Eles não serão mais eficazes nos meses seguintes", observou ela.
Por isso, os melhores resultados são alcançados combinando as duas formas de prevenção: vacinação de gestantes e imunização de lactentes.
O professor Tomasz Szczapa, presidente da Sociedade Neonatal Polonesa, perguntou quando podemos esperar uma decisão do Ministério da Saúde.
– Encaminhar o procedimento para a AOTMiT é um bom sinal, mas ainda não temos um cronograma para implementação – disse ele.
Dagmara Korbasińska-Chwedczuk, do Departamento de Igualdade na Saúde do Ministério da Saúde, respondeu que novas decisões seriam tomadas pela nova gestão do ministério após receber a avaliação do AOTMiT.
A segunda parte da reunião focou no apoio à lactação e no desenvolvimento de bancos de leite humano. A professora Aleksandra Wesołowska, presidente da Fundação Banco Mleka Kobiecego, lembrou que o leite doado foi reconhecido pela UE como uma substância de origem humana de interesse terapêutico (SoHO).
Isso significa que os bancos de leite na Polônia precisam se adaptar aos novos padrões da UE, tanto em termos de qualidade e segurança, quanto em procedimentos operacionais.
Durante a reunião, representantes do Ministério da Saúde anunciaram medidas já tomadas na área de apoio à lactação. Foi desenvolvido um programa oficial de formação para parteiras em aconselhamento em lactação. Até o momento, aproximadamente 1.100 parteiras se beneficiaram do programa, obtendo as qualificações necessárias para prestar apoio profissional a mulheres que amamentam.
O Ministério da Saúde também tem uma equipe preparando um documento sobre orientações sobre lactação, e o trabalho legislativo em andamento pretende levar a mudanças nos padrões de cuidados perinatais.
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