Richard Garwin, um dos criadores da primeira bomba de hidrogênio, morre aos 97 anos

Richard L. Garwin, projetista da primeira bomba de hidrogênio , morreu na terça-feira, confirmou sua nora, Tabatha Garwin, à CBS News. O renomado cientista tinha 97 anos.

Cientista proeminente que aconselhou vários presidentes dos EUA, Garwin fez contribuições para armas nucleares, física e tecnologia militar, entre muitas outras áreas. Publicou mais de 500 artigos e obteve 47 patentes nos EUA, de acordo com o Arquivo Garwin, mantido pela Federação de Cientistas Americanos.

Ele tinha apenas 23 anos quando projetou a primeira bomba de hidrogênio funcional, de acordo com um perfil publicado na revista IEEE Spectrum. Ela foi detonada em um teste de codinome Ivy Mike no Atol de Enewetak em novembro de 1952, produzindo 10,4 megatons de TNT, a medida que quantifica a potência das armas nucleares.

O papel de Garwin era em grande parte desconhecido fora de um pequeno círculo de físicos, matemáticos e engenheiros do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, que estiveram envolvidos no projeto até 2001, diz o perfil.

Em 2016, o ex-presidente Obama concedeu a Garwin a Medalha Presidencial da Liberdade por seu trabalho científico. Na citação, o Sr. Obama disse que Garwin "fez contribuições pioneiras às tecnologias de defesa e inteligência dos EUA".

Garwin foi homenageado com a Medalha Nacional de Ciência em 2002 e recebeu o Prêmio Vannevar Bush em 2023, que homenageia líderes excepcionais ao longo da vida em ciência e tecnologia.

"Richard Garwin é realmente notável", disse Dario Gil, presidente do Comitê de Engajamento Externo do Conselho, em um comunicado. "Suas contribuições contínuas à sociedade, tanto como pesquisador científico quanto como conselheiro presidencial, ajudam a fortalecer a segurança nacional e a aprimorar a colaboração internacional."

Garwin nasceu em Cleveland em 1928 e morou em Scarsdale, Nova York. Sua esposa, Lois, com quem foi casado por 70 anos, faleceu antes dele. O casal teve três filhos.