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Apesar da chamada Curva do Grande Gatsby: Adolescentes acreditam que podem fazer mais - em países onde podem fazer menos

Apesar da chamada Curva do Grande Gatsby: Adolescentes acreditam que podem fazer mais - em países onde podem fazer menos

Em países onde a desigualdade social é maior, os adolescentes acreditam fortemente que conseguirão mais do que seus pais. Completamente contrário à chamada economia conhecida. A curva do Grande Gatsby - mostra pesquisas em "Ciências" com a participação de um polonês.

Em economia, sabe-se que quanto maior a desigualdade social em uma determinada sociedade, mais difícil é subir ao topo da escala social. Esse fenômeno foi até chamado de "curva do Grande Gatsby". É sobre o personagem-título do romance de F. Scott Fitzgerald. O herói do livro enriqueceu rapidamente, mas não foi aceito pelas classes altas porque as estruturas sociais eram fortemente estabelecidas. "Na Polônia, talvez fosse mais conveniente falar sobre a 'curva de Wokulski'", brinca o coautor do estudo, Prof. Artur Pokropek, do IFIS PAN e IBE-PIB, referindo-se à jornada ascendente na escala social do herói de "A Boneca" Prus.

Jovens de quinze anos foram solicitados a classificar a posição atual de sua família na hierarquia social do país em uma escala de 1 a 10. Eles também foram solicitados a indicar, na escala, onde esperavam estar nessa hierarquia aos 30 anos. Também foram questionados sobre as profissões de seus pais e suas expectativas de carreira aos 30 anos. Os resultados do trabalho liderado por Francesca Borgonovi, do University College London, e Artur Pokropek foram publicados na revista Science.

Os autores do artigo analisam a mobilidade social, ou seja, o processo de movimento de indivíduos ou grupos dentro ou entre classes sociais (assumindo que os talentos são distribuídos uniformemente entre os grupos sociais e demográficos). "A mobilidade social indica se uma sociedade oferece oportunidades iguais de sucesso econômico e social, independentemente de onde alguém comece", lemos na publicação na "Science".

A partir de uma pesquisa realizada com quase meio milhão de jovens de 15 anos de 57 países — como parte do estudo PISA — pode-se concluir que os jovens não se importam com a chamada "Eles não seguem a curva de Gatsby". Suas esperanças vão diretamente para o outro lado dessa curva: em países onde a desigualdade social é maior (por exemplo, América do Sul), os adolescentes geralmente acreditam que conseguem ganhar muito mais do que seus pais. Em países onde as desigualdades sociais são menores (Escandinávia), o otimismo sobre a ascensão social não é tão forte. A fé no "sonho americano" é mais forte em países onde é difícil alcançá-lo.

Curiosamente, a maioria dos entrevistados indicou seu lugar na hierarquia em cerca de 7 pontos (a resposta média foi 6,8), embora, de acordo com a distribuição normal, deveria ser 5. Isso significa que os jovens geralmente avaliam sua posição na hierarquia melhor do que ela realmente é.

Pesquisadores em Ciência apontam que em sociedades com maior desigualdade econômica, há uma crença mais forte de que talento e esforço são recompensados, independentemente da posição inicial, do que em sociedades economicamente mais igualitárias. É por isso que em países com maior diversidade econômica "os jovens tendem a dar mais ênfase à educação como um caminho para o sucesso". "Tal perspectiva pode reforçar a crença na mobilidade social como uma forma de sustentar a ordem existente e, assim, legitimar as desigualdades existentes", escreveram os pesquisadores na publicação.

O professor Pokropek explicou que a Polônia está aproximadamente no meio dessa escala. Tanto em termos de desigualdade, oportunidades de progresso e esperanças de ascensão social.

"Os efeitos desse otimismo juvenil podem ser duplos, dependendo do que esse otimismo encontrar. Algumas pessoas realmente alcançarão essas posições mais elevadas graças à sua esperança e trabalho duro. Mas, para alguns, as esperanças não realizadas colidirão com a realidade, causando frustração e problemas", comentou o Prof. Sprinkling.

"Depende de nós, eleitores, políticos e membros da comunidade, se permitiremos esse avanço e como esse otimismo juvenil se concretizará. Na minha opinião, é importante que as políticas sejam formuladas de forma a permitir que pessoas de diferentes esferas sociais se realizem e, consequentemente, abram a sociedade", avaliou o sociólogo.

Ludwik Tomal (PAP)

lt/ zan/ jpn/

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