Pesquisadores verificaram a quantidade de microplástico que os pássaros comem.

Microplásticos, nanotubos de carbono, fibras sintéticas – resíduos microscópicos de origem antropogênica foram detectados no trato digestivo de uma em cada cinco aves examinadas na Polônia – mostra uma publicação de poloneses na "Scientific Reports".
Uma equipe da Universidade de Białystok, estudantes do Clube Científico de Biólogos local. O Dr. W. Chętnicki e voluntários da Fundação Szklane Pułapki decidiram determinar o consumo de resíduos antropogênicos microscópicos em nove espécies comuns de pássaros, como o tentilhão, o verdilhão, o chapim-carvão e o chapim-azul. Os pesquisadores queriam avaliar seu potencial como indicadores para monitorar a poluição ambiental.
Das 149 aves analisadas, foi confirmado que 31 consumiram resíduos antropogênicos microscópicos, informaram representantes da UwB em um comunicado à imprensa enviado ao PAP.
A análise química dessas partículas revelou a presença de microplásticos (poliestireno, polietileno e tereftalato de polietileno), nanotubos de carbono e fibras sintéticas de celulose (algodão, viscose e rayon).
Em uma publicação na Scientific Reports, pesquisadores concluem que 300.000 toneladas de resíduos são lançadas em terras agrícolas norte-americanas a cada ano. toneladas de microplásticos, e na Europa são 320 mil. tom. Quase 1,1 milhão de toneladas de microfibras de celulose sintéticas são produzidas globalmente pela lavanderia doméstica. As pessoas consomem em média 52 mil. partículas por ano, e se forem consideradas as partículas inaladas com o ar, então anualmente uma pessoa consome um total de 121 mil. partículas.
"Estudos científicos até o momento confirmaram o consumo de resíduos antropogênicos microscópicos por aproximadamente 1.600 espécies de animais e mostraram uma série de consequências para a saúde, como danos físicos ao sistema digestivo, inflamação, problemas imunológicos e estresse oxidativo", lembra o Dr. Krzysztof Deoniziak, da Faculdade de Biologia da Universidade de Białystok, citado no comunicado de imprensa da universidade.
Uma nova pesquisa mostra que os tentilhões consomem mais resíduos microscópicos do que os chapins, com maiores taxas de consumo observadas fora da estação reprodutiva.
O consumo de detritos microscópicos pelas espécies estudadas mostrou-se menor em comparação com outras aves terrestres, como o melro e o pássaro canoro, cujo consumo de microplástico foi recentemente analisado pela mesma equipa de investigação. Essa diferença provavelmente se deve à dieta e aos hábitos alimentares diferentes dos tentilhões e chapins.
"Como as espécies estudadas são frequentemente vítimas de vários predadores, elas podem facilitar a transferência de resíduos microscópicos para níveis tróficos superiores, ou seja, para organismos que ocupam posições subsequentes nas cadeias alimentares, potencialmente influenciando sistemas ecológicos mais amplos. O estudo também mostrou a possibilidade de usar aves que morreram em colisões com objetos antropogênicos para fins científicos", acrescenta o Dr. Krzysztof Deoniziak. (PAP)
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