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Wrocław/ Um impulso elétrico e um íon de cálcio podem trabalhar juntos para destruir o câncer

Wrocław/ Um impulso elétrico e um íon de cálcio podem trabalhar juntos para destruir o câncer

Pulso elétrico de nanossegundos e íons de cálcio – esses dois elementos juntos podem criar um método eficaz, seletivo e menos tóxico de destruição de células cancerígenas do que as terapias clássicas. Cientistas e médicos da Universidade Médica de Wroclaw usam eletroporação de cálcio em nanossegundos.

Em um comunicado enviado pela universidade na sexta-feira, foi afirmado que, em testes de laboratório, a terapia nsCaEP (eletroporação de cálcio em nanossegundos) causou danos graves às células do câncer de cólon, incluindo aquelas resistentes ao tratamento. "Células saudáveis ​​foram significativamente menos sensíveis, o que pode sugerir um perfil de segurança potencialmente melhor do que com quimioterapia", diz o comunicado.

"Este é um dos aspectos mais promissores do CaEP – a seletividade da ação. Células saudáveis, graças ao melhor funcionamento dos mecanismos de regulação iônica e à menor suscetibilidade ao estresse metabólico, apresentam maior resistência aos efeitos do CaEP. Isso pode significar que este método será menos tóxico do que a quimioterapia ou radioterapia tradicionais, que frequentemente danificam também tecidos saudáveis", afirmou a Dra. Anna Szewczyk, da Universidade Médica de Wrocław, citada no comunicado.

Ela acrescentou que a eletroporação de cálcio (CaEP) tem sido usada com sucesso como um método independente de tratamento anticâncer há vários anos, especialmente em países como Dinamarca e Alemanha.

"Tive a oportunidade de participar de um procedimento usando CaEP para o tratamento de câncer de mama durante meu estágio em Copenhague em 2016. Essa experiência me convenceu de que esse método não é apenas eficaz, mas também seguro e relativamente minimamente invasivo", disse o Dr. Szewczyk.

Um dos maiores desafios na terapia do câncer são as chamadas células-tronco cancerígenas. A equipe de pesquisa notou que a eletroporação de nanossegundos sem cálcio reduz o nível do marcador CD133 – característico dessas células. Surpreendentemente, a presença de cálcio pareceu atenuar esse efeito.

"Em nosso estudo, observamos uma clara redução no nível do marcador CD133 após o uso de eletroporação em nanossegundos (nsEP) – principalmente na ausência de cálcio. (...) Planejamos continuar a pesquisa nessa direção, analisando não apenas a expressão do CD133, mas também o comportamento de outros marcadores de células cancerígenas, sua capacidade de se renovar e formar colônias após o uso de CaEP e nsEP", anunciou o Dr. Szewczyk.

A equipe de Wrocław não pretende parar no laboratório – estudos in vivo e mais testes clínicos estão planejados. Alguns deles já começaram.

"Nossa unidade está trabalhando ativamente para implementar a eletroporação de cálcio (CaEP) em estudos pré-clínicos e clínicos. Para isso, cooperamos, entre outros, com veterinários da Universidade de Ciências Ambientais e da Vida de Wrocław, testando o uso do método CaEP em animais. Em 2019, graças à colaboração do Departamento de Biologia Molecular e Celular (KiZBMiK), liderado pela Profa. Julita Kulbacka, e da equipe do Prof. Wojciech Kielan, do Hospital Clínico Universitário de Wrocław, o CaEP foi utilizado pela primeira vez de acordo com o esquema ESOPE em pacientes com câncer de pâncreas", afirmou o Dr. Szewczyk.

Ela avaliou que os resultados da pesquisa dão esperança de que, graças a fenômenos físicos simples – e não a medicamentos caros ou procedimentos invasivos – será possível desenvolver uma nova qualidade no tratamento de doenças cancerígenas. "Um pulso de nanossegundos com cálcio adicionado pode se tornar a terapia do futuro: seletiva, segura e eficaz mesmo quando os métodos clássicos falham", concluiu o pesquisador. (PAP)

Ciência na Polônia

rus/ agt/

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