Pepsi abandona EUA para fugir à guerra das tarifas?

As tarifas de Donald Trump têm dado muito que falar nos últimos meses e nas redes sociais há uma nova teoria: a Pepsi deixou os EUA para fugir àquela que é descrita como a “guerra tarifária”.

Apesar das sugestões, não é verdade que a conhecida rival da Coca-Cola tenha abandonado o mercado norte-americano depois dos últimos anúncios do Presidente dos EUA.
Ora, vamos a factos: nos últimos dias a Pepsi não fez qualquer comunicado a anunciar tal medida — não há notas da empresa nem no site nem nas páginas oficiais nas redes sociais. Já nos meios de comunicação social fidedignos, sejam norte-americanos ou de outros países, não há informações sobre esse abandono, que obviamente seria de extrema relevância pela dimensão da empresa e, mais ainda, por ser uma consequência de uma gigante norte-americana após uma decisão de Trump.
De acordo com o site da Pepsi, a empresa tem mais de 220 “operações ativas” nos EUA, sem que nada tenha sido alterado nos últimos tempos. Na parte da página dedicada aos EUA, a Pepsi mostra vários projetos, desde o impacto na comunidade a projetos de voluntariado levados a cabo pelos funcionários.
Apesar de não ser verdade que a Pepsi tenha saído do país, a empresa sofreu uma forte queda nos lucros no segundo semestre de 2025, face aos resultados de 2024, de acordo com dados conhecidos a 17 de julho.
A tendência dos resultados da empresa tem sido de queda desde o início do ano, já que a Pepsi sofre, de facto, o impacto desse aumento de tarifas, desde logo devido ao alumínio usado nas latas e também no que toca aos concentrados usados na bebida, que são sujeitos a tarifas por serem produzidos na Irlanda. Por outro lado, também snacks e bolachas do grupo Pepsi estão a ser prejudicados.
Conclusão
As tarifas anunciadas por Donald Trump estão a ser um desafio para empresas de todo o mundo e também os resultados da Pepsi têm sofrido com a nova realidade tarifária. Porém, a empresa não abandonou o mercado norte-americano — não o anunciou e não há qualquer notícia nesse sentido.
Assim, de acordo com o sistema de classificação do Observador, este conteúdo é:
ERRADO
No sistema de classificação do Facebook, este conteúdo é:
FALSO: As principais alegações do conteúdo são factualmente imprecisas. Geralmente, esta opção corresponde às classificações “falso” ou “maioritariamente falso” nos sites de verificadores de factos.
NOTA: este conteúdo foi selecionado pelo Observador no âmbito de uma parceria de fact checking com o Facebook.
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