Vizinhos forçam David Gilmour a reconstruir barracão

Num arrufo com os seus vizinhos em Hampstead Hill Gardens, Inglaterra, o guitarrista dos Pink Floyd, David Gilmour, vai ter de mover uma cabana que tinha construído, no seu jardim, depois de demolir duas estruturas que lá se encontravam. Em causa está a privacidade e a luminosidade dos quintais contíguos e a “amenidade” daquele bairro, no borough (distrito da área de Grande Londres) de Camden, dizem os vizinhos.

Como se lê no Camden New Journal, os habitantes descreveram a cabana como “obstrutiva” e “significativamente mais visual e fisicamente intrusiva do que tinha sido aprovado” na planta original da propriedade. A equipa de planeamento de Gilmour tinha pedido uma permissão retrospetiva — pedido para as autoridades aprovarem alterações já realizadas, sem consentimento prévio — depois de concluir o projeto, mas, com efeito, a nova estrutura está mais perto da cerca do jardim do que o barracão e a casa de verão que se encontravam previamente naquele local.

Na altura, a Associação de Residentes de Hampstead Hill Gardens publicou as suas queixas na página do Conselho de Camden. O documento pedia a colaboração das autoridades para a remoção da estrutura, dizendo que a barraca devia ter sido construída nas mesmas fundações que os edifícios antigos, e acrescentando que a inação da autarquia mostraria que os habitantes “podem ignorar os termos das suas autorizações”.

Jeffrey Jowell KC, advogado de renome que se especializa em lei pública e que vive nas proximidades, notou a colocação de “fundações extensivas” e trabalhos de paisagismo, o que, a seu ver, sugeriam que Gilmour tinha planos “mais ambiciosos” para a estrutura, adianta o The Telegraph. O jurista acrescentou ainda que uma tentativa de um vizinho de “resolver o assunto sem incomodar o Conselho” não teve sucesso.

Por estas razões, o Conselho de Camden pronunciou-se contra Gilmour, dando-lhe um mês para remover o barracão. O artista remediou os seus planos e prometeu mover a estrutura 2,5 metros da beira dos limites da propriedade.