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Peste Negra: Cientistas Desvendam o Mistério da Pandemia Mais Mortal da História

Peste Negra: Cientistas Desvendam o Mistério da Pandemia Mais Mortal da História

Cientistas desvendaram o mistério do longo reinado da Peste Negra: identificaram um único gene que lhe permitiu persistir por séculos. A Peste Negra continua sendo a pandemia mais mortal da história da humanidade. A pandemia devastadora exterminou até metade da população da Europa, Ásia Ocidental e África, matando dezenas de milhões de pessoas. Agora, o mistério do longo reinado da Peste Negra foi finalmente desvendado.

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Pesquisas mostraram que a evolução de um único gene na Yersinia pestis, a bactéria que causa a peste bubônica, permitiu que ela se adaptasse e sobrevivesse por tanto tempo, escreve o Daily Mail.

O estudo aborda questões-chave sobre como as pandemias afetam as populações humanas, causam doenças em massa e desenvolvem diferentes níveis de virulência. E as descobertas podem nos ajudar a prevenir outra pandemia no futuro.

"Este é um dos primeiros estudos científicos a examinar diretamente as mudanças em um patógeno antigo que ainda vemos hoje, em uma tentativa de entender o que impulsiona a virulência, a resistência e/ou a possível extinção de pandemias", disse o coautor do estudo, Professor Hendrik Poinar.

O novo estudo foi conduzido por cientistas da Universidade McMaster, no Canadá, e do Instituto Pasteur, na França.

As bactérias causadoras da peste evoluíram e se tornaram menos letais com o tempo, permitindo que continuassem infectando pessoas em três pandemias distintas ao longo de mais de mil anos. A primeira pandemia, a Peste de Justiniano, eclodiu no século VI, no início da Idade Média, e durou cerca de 200 anos.

De acordo com o Daily Mail, a Peste Negra começou em meados de 1300 e se tornou a pandemia mais mortal da história da humanidade, matando até metade da população da Europa, Ásia Ocidental e África, com surtos que continuaram por séculos.

A terceira pandemia de peste bubônica eclodiu na China na década de 1850 e continua até hoje, com alguns casos ainda relatados em partes da África Subsaariana.

"As bactérias da peste são de particular importância na história humana, por isso é importante saber como esses surtos se espalharam", disse Javier Pizarro-Cerda, coautor do estudo.

Os pesquisadores examinaram amostras de Yersinia pestis, a bactéria causadora da peste, de cada pandemia. Nos três casos, os genes de cada bactéria da peste evoluíram para se tornarem menos virulentos e menos mortais ao longo do tempo, concluiu o estudo.

Acredita-se que bactérias que causam infecções menos graves tenham aumentado a duração das pandemias porque têm mais oportunidades de se espalhar entre as pessoas.

Os pesquisadores confirmaram essa teoria infectando ratos com amostras recentes de peste, mostrando que, à medida que a virulência diminuía, a doença durava mais.

Embora os antibióticos agora possam combater a peste de forma eficaz, a pesquisa pode lançar luz sobre como outras pandemias podem se desenvolver, ressalta o Daily Mail.

"Isso nos permite ter uma visão completa de como os patógenos podem se adaptar a diferentes situações", explica Pizarro-Cerda.

"Finalmente temos uma melhor compreensão do que é a peste e como podemos desenvolver medidas para nos proteger", acrescentou.

mk.ru

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