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Os nanoplásticos no Oceano Atlântico atingiram proporções catastróficas

Os nanoplásticos no Oceano Atlântico atingiram proporções catastróficas

Cientistas descobriram até 27 milhões de toneladas de nanoplástico no oceano

Um novo estudo chocante está lançando nova luz sobre o problema da poluição plástica nos oceanos. Ele descobriu que existem enormes quantidades de nanoplásticos nas águas do mundo, e que elas podem chegar a cerca de 27 milhões de toneladas, ou cerca de um décimo de todo o lixo plástico despejado nos Estados Unidos a cada ano. Oceanógrafos afirmam que os dados sugerem que há mais plástico flutuando na região na forma de nanopartículas do que em micro ou macroplásticos maiores, e que uma situação semelhante poderia existir em todos os oceanos do mundo.

Cientistas descobriram até 27 milhões de toneladas de nanoplástico no oceano
Foto: ru.wikipedia.org

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Em um estudo massivo, cientistas coletaram amostras de água em várias profundidades em doze locais no Atlântico Norte e usaram técnicas avançadas de análise, incluindo imagens de alta resolução e filtragem química, para detectar pequenas partículas de plástico, que têm apenas uma fração da largura de um fio de cabelo humano.

As amostras encontradas incluíam tereftalato de polietileno (PET), poliestireno (PS) e cloreto de polivinila (PVC), amplamente utilizados na fabricação de garrafas, copos e filmes plásticos. No entanto, surpreendentemente, as amostras estavam quase completamente livres de plásticos comuns, como polietileno e polipropileno.

“Isso pode indicar que partículas orgânicas estão mascarando a presença dessas espécies, ou que os métodos analíticos atuais não são sensíveis o suficiente para detectá-las”, explicam os pesquisadores. A análise mostrou que os nanoplásticos estavam presentes em todas as profundidades, mas que concentrações particularmente altas foram encontradas perto das margens, em desaguadouros de rios e no chamado giro subtropical, uma área conhecida por aprisionar e concentrar plástico, que se decompõe em partículas cada vez menores com o tempo.

“O que é particularmente alarmante é que a escala dessa poluição pode ter consequências de longo alcance para os ecossistemas marinhos e as espécies que neles vivem, bem como para os humanos. As nanopartículas de plástico são tão pequenas que as leis da física que regem as partículas maiores se rompem. Elas podem interagir com água, sedimentos e organismos de maneiras que os microplásticos não conseguem”, comentam os especialistas. Vale lembrar que os cientistas começaram a mencionar seriamente a existência de nanoplásticos na natureza há apenas alguns anos, acreditando que sua formação era improvável devido à alta energia necessária para sua formação. No entanto, novos dados mostram que os nanoplásticos podem persistir e se acumular no oceano, o que questiona ideias anteriores sobre sua raridade e perigo.

Atualmente, a escala da poluição plástica no oceano, especialmente na forma de nanopartículas, é um problema global que será muito difícil de resolver, a menos que medidas urgentes sejam tomadas para impedir que o plástico entre no meio ambiente. Especialistas enfatizam que o combate a esse fenômeno deve começar pela prevenção, pois eliminar os nanoplásticos existentes é uma tarefa extremamente difícil e custosa.

  • Angelina Brzhevskaya

Autores:

mk.ru

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