Novo golpe de visto direcionado a estudantes universitários do Oriente Médio está aumentando. Veja como identificá-lo

O FBI afirma que um novo golpe praticado por cibercriminosos visando estudantes do Oriente Médio que residem legalmente nos EUA está se tornando cada vez mais comum. Os fraudadores estão se passando por funcionários do governo na tentativa de convencer os estudantes de que há um problema com sua situação imigratória ou de visto. Para corrigir o problema e evitar processos judiciais ou deportação, as vítimas em potencial são obrigadas a pagar taxas legais, universitárias e de processamento de documentos.

Golpistas são espertos e conhecidos por se aproveitar de eventos atuais para elaborar golpes convincentes. Essa fraude em particular ocorre em meio aos esforços do governo Trump para intensificar a deportação de imigrantes indocumentados. Estudantes também enfrentaram ameaças de remoção de visto em resposta à participação em protestos contra a guerra entre Israel e o Hamas em campi universitários por todo o país.

Estudantes do Catar, Jordânia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos já foram alvos do golpe, de acordo com um alerta do Centro de Reclamações de Crimes na Internet (IC3) do FBI. Os golpistas se passam por agentes do Departamento de Segurança Interna (DHS), do Departamento de Investigações de Segurança Interna (HSI) ou do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS). Em alguns casos, os golpistas se identificaram como funcionários de governos estrangeiros do Catar, dos Emirados Árabes Unidos e da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos em Washington.

"Eles podem falar profissionalmente e usar sotaques e/ou linguagem condizentes com a suposta localização dos autores da chamada", afirmou o IC3 no alerta. O alerta não especificou quanto os fraudadores têm cobrado dos alunos. No entanto, de acordo com o último relatório anual de fraudes do FBI, as vítimas perderam US$ 405 milhões em golpes de falsificação de identidade do governo no ano passado.

O primeiro passo para se proteger de um golpe é conhecê-lo. Então, se você está lendo isso, pode marcar essa caixa.

O FBI disse que você deve sempre ser cético em relação a qualquer comunicação governamental não solicitada. Se isso acontecer, comece verificando a validade da ligação ou mensagem entrando em contato com a agência por meio de um número ou e-mail disponível no site.

Você deve analisar cuidadosamente todos os links enviados por golpistas. Certifique-se de que os links estejam criptografados com a criptografia padrão "https" e que a URL esteja conforme o esperado. Por exemplo, as URLs devem terminar em ".gov", não em "gov.org", e também não devem ser uma combinação aleatória de letras e números. Isso é um sinal claro de alerta .

Por fim, não baixe arquivos nem forneça códigos de autenticação de dois fatores a chamadores não solicitados, diz o FBI.

Se você acabou pagando aos golpistas, entre em contato com seu banco, cooperativa de crédito ou administradora de cartão de crédito imediatamente. Sua instituição financeira poderá cancelar a transação a tempo ou devolver o seu dinheiro.

Também é comum que golpistas solicitem pagamento via criptomoedas e vales-presente, independentemente do golpe. Pagamentos com criptomoedas são basicamente irreversíveis , mas entrar em contato com a emissora do vale-presente pode levar a um reembolso.

O FBI solicitou ao público que denuncie qualquer atividade fraudulenta ou suspeita em www.ic3.gov . Denunciar golpes à agência ajuda a informar o público e auxilia as autoridades a rastrear criminosos.